:: PAPO MACACO #01 ::

Imagine você de pé, em frente ao mar. Você sente a areia, o calor do sol e vê o horizonte. Então você questiona porque você está ali de pé, sentindo e vendo. Se sente bem e em paz com tudo o que lhe rodeia.
Ser Humano, o único animal a ter consciência e questionar a sua origem. Com a falta de respostas criou formas de amenizar a angústia desse enigma. Sem a razão, o homem se perde entre vários caminhos. A consciência ainda é prematura e não realiza a única resposta, a sua própria existência.
Assim como tudo no mundo, existem vários tipos de fieis a Deus. Os que preferem acreditar para que não sofram a consequência trágica de parar no inferno, e os que acreditam que Ele fez o ser humano sua imagem e semelhança, sendo o criador de tudo e todos. Explorando esses dois tipos, cronologicamente, pode-se chegar a uma rala e breve conclusão. Assim como qualquer criança tem atos estúpidos sob a vista de um adulto, a evolução do ser humano está matando Deus aos poucos. Caso nossa humilde humanidade não se mate antes de matar o que muitos acreditam ser nosso criador, teremos uma sociedade onde todos os seus problemas não converjam para essa fonte do inexplicável. Seria como perder as exclamações “Deus me livre”, “pelo amor de Deus” e todas relacionadas a Ele e Seu Filho, pois não teríamos do que reclamar. Dos egípcios até hoje ,o ser humano tenta compreender porque é o único animal a questionar a sua existência.

Lidar com essa constante e perturbadora pergunta fez com que até hoje ainda se crie religiões ou seitas como a Cientologia. Das antigas religiões indianas, chinesas, do politeísmo grego e egípcio passando pelo zoroatrismo chegando às mais populares, judaica, cristã e islã. Todas elas têm como ponto básico explicar, amenizar, domesticar, ensinar, saciar, controlar, relaxar, enganar e finalmente iludir o ser humano. A supressão religiosa impede o ser humano de questionar, mas todo ser humano é livre para ser o que quiser e acreditar no que quiser. Se lhe basta a simples explicação de que um cabeludo fez alguns truques mágicos e ensinou alguns valores morais e sociais há 2009 anos, para outros não. Enquanto a geração dos anos oitenta matava-se apenas se drogando, a dos anos noventa se drogava e questionava. O padrão social de muitos adolescentes ocidentais que seriam catolizados ou circuncidados nos anos 90 os tornou anti-dogmáticos. Com o crescimento da civilização ocidental englobando países em desenvolvimento e o ocidente cristão enfraquecido, tornou-se possível que muitos atingissem as condições necessárias para o questionamento.

“O mínimo é o máximo e máximo é o mínimo, o questionamento destes dois pontos é a sua existência.”
Abrann Zdar




Papo Macaco#02
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:: Homework III [Ultimatum] ::

Com 100 samplers* Donoxun remixou, recriou e até criou. Com apenas 100 pequenos pedaços de outras músicas produziu uma única faixa de 54 minutos. Assim como os predecessores, Homework III [Ultimatum] baseia-se no uso de samplers e tende a ser o último da série, lançada em 2003 com Homework I [Technostop] e no ano seguinte com Homework II [Donoxun]. O terceiro disco teve sua produção iniciada no ano de 2006 e veio a ser terminado em 2009 após a conclusão do álbum debute de Donoxun, TSI-606. O alter ego Donoxun que representa Victor Hugo Mafra surgiu com o primeiro disco da série. Foram coletados samplers durante esses três anos de variados artistas como Josh Wink, James Brown, Plastikman, Joris Voorn, Marc Houle, Paco Osuna, Bem Sims, Mark Williams, Paul Mac e outros. Também foram utilizados samplers de vozes e sirenes de filmes como Ghost Dog - O Método do Samurai e o seriado Lost. No caso a música Form is Emptiness e System Failure respectivamente. O intuito da série Homework é transformar algo conhecido e formatado em algo totalmente novo. O estilo dos três discos sempre foi o Techno e mesmo em 2009 Homework III [Ultimatum] traz aquela velha sonoridade de Techno do começo desta década. O download do álbum pode ser feito via torrent no site www.donoxun.com.

:: Natural seleção pela evolução da Teoria ::

Teoria da evolução pela seleção natural escrita por Darwin possui apenas 150 anos. O naturalista britânico passou por Macaé em abril de 1832, a Malvinas ainda não existia assim como discussões lógicas a respeito da nossa origem. Antes todos se valiam da explicação mais capciosa como criacionismo. A mulher foi criada a partir de uma costela e a ignorância faz parte do processo evolutivo. Pode-se presumir que a evolução biológica já alcançou maravilhas no Homo Sapiens nesses 200 mil anos de evolução. Mas com 10 mil anos de evolução cultural e social é possível deslumbrar um longo caminho. As idéias e realizações que irão mudar a presente sociedade estão por vir. Por isso não adianta se debater, tentar mudar e nem apressar o processo. Caso consigamos manter a nossa espécie viva, talvez deslumbremos a Utopia.