"We are the night" me reconquistou pelo que cada álbum da dupla The Chemical Brothers representa. O primeiro álbum "Exit Planet Dust" apresenta toda identidade já formada da dupla que se sucede em todos os outros. Não só graficamente e esteticamente, mas no que Tom Rowlands, Ed Simons, seus amigos e pessoas que os circundam pensam e fazem. Toda esse "merchandising" atraiu e atrai pessoas. "We are the nigth" faz essa releitura da situação da dupla na questão musical, política e social que sempre esteve presente em todos os álbuns. O posicionamento volta a ser como do primeiro álbum, lembrando que estamos em 2007 e não 1995. Isso mostra como perdido e solto é o "Push the button" e que a cada dois anos somos atualizados sobre o que o Pai Chemical estará pensando.
:: We are the night :: Parte II ::
:: Myspace.cu ::
São 75 milhões de usuários no Myspace contra 25 milhões do Orkut, 70% são brasileiros no Orkut enquanto no Myspace o que vingou mesmo foi o Reino Unido. E o que me deixou incrivelmente besta foi a quantidade de Dj londrino preguiçoso. Todos escoraram suas barrigas de formato quadrado devido a pickup no Myspace Music, onde se pode encontrar tudo esquematizado. Eles colocam suas biografias, agenda, músicas, livro de visitas e fotos, tudo mastigado.
Assim como Orkut tem vários processos legais no Brasil, também no Myspace geral perde a linha e o pessoal da Califórnia onde fica a sede e servidores mandou um email para os londrinos dizendo que a grande maioria de usuários do Myspace é inglesa, mas a empresa é americana e portanto está sob a lei Americana (eu recebi este email pois estou com a preferência de idioma inglês U.K. já que América Latina só tem a opção em espanhol).
Quem tem Orkut sabe daquela fotinho que é mostrada no perfil da pessoa. No Mypace é a mesma coisa, só que a mulherada londrina perder a linha. Assim como alto nível de baixaria, o nível de interação entre produtores de música e vídeo é elevado. Todos os Djs que me influenciaram têm sua página no Myspace e há algum tempo já vinha tentando entrar em contato com alguns deles como Mark Williams. Até que certo dia encontro o seu Myspace Music adiciono como amigo o forço a escutar a música que produzi, pois é a primeira coisa a tocar quando se entra no site e de quebra ainda sei quando ele está on-line. É uma ferramenta fenomenal quando bem usada, poder escutar músicas que ainda não foram lançadas e saber com antecedência onde serão as gigs é o que todo Dj quer proporcionar sem fazer esforço. Além de cair no gosto dos “fervorosos” e “clubbers de plantão” por ser mais uma ferramenta “underground” onde existe essa interação direta com o cara que te fez passar muito bem ou muito mal na noite passada.
:: We are the night :: Parte I ::
As músicas marcantes com vocal de Noel Gallager e outros se perderam desdo “Come with us” e nesse álbum são várias as músicas com vocal a serem assimiladas. “All Rights Reversed” é uma delas, a voz de “Klaxons” soa estranhamente familiar com uma nova releitura para “Big Beats”. “We are the night” é um disco que consegue recuperar o clima de todos os discos anteriores musicalmente e na essência do que foi e é “The Chemical Brothres”. “Saturate” a quarta música resume bem esse sentimento e pessoalmente é aquela que valida todo o disco. A batidinha de “Minimal” saturada que entra cinqüenta segundos depois das simples e contagiantes notas muito bem sintetizadas tem seu auge com a bateria acústica no meio da música, melhor que isso só ao vivo. A música título do primeiro single “Do it Again” é o semblante do estado atual do Pai “Chemical”. O clipe dessa música é a continuidade de “Push the Tempo” do “Fatboy Slim”.
Fechando a primeira parte a cronologia usada nos álbuns sempre foi decrescente. Todos os álbuns do “Chemical” começam agitados e vão dando todo aquele clima de satisfação, euforia e relaxamento no final. Não podia ser diferente nesse álbum sendo notável a renovação na questão da sonoridade e produção. Não adianta vir com “No Path to Follow” existe um caminho sim e ele está sendo seguido. A associação com a sonoridade dos demais discos é clara. “We are the night” está cheio de “Surrender”, “Come With Us”, “Dig your own hole” e até do “Push the Button”. A melhor coisa é ver a renovação de identidade que esse álbum trouxe e que foi perdida com “Push the Button”.
:: fabric a morada do capeta ::
Ciente da existência de tal club vamos ao ponto, a série 'Fabric' e 'FabricLive'. Com o funcionamento do club 'Fabric' às sextas e sábados, a quantidade de Djs e grandes nomes da música eletrônica mundial é enorme, e por que não registrar o acontecimento? 'FabricLive' é isso! Uma série de cds que intercala mensalmente com nome de 'Fabric' e 'FabricLive'. O primeiro 'Fabric 01' foi lançado dia primeiro de novembro de 2001 e o Dj em questão era o residente da casa na época, 'Craig Richards'. Um mês depois saiu o 'FabricLive 01' com 'James Lavelle' e isto perdura até os dias de hoje. Na presente data foram lançados trinta e quatro 'Fabrics' e 'FabricLives' dando um total de 68 cds. O Dj convidado é responsável pelas escolhas das músicas e conceito do seu set e a 'Fabric' torna possível a legalização das músicas e o lançamento do disco. Nas palavras do dono da 'Fabric' Keith Reilly: “Fitas de raves legalizadas”. Esses cds estão à venda no site www.fabriclondon.com por seis libras.
A força da série é tão grande que faz com que os artistas convidados sigam uma sonoridade e conceito comum a todos os discos, na sua grande maioria 'Minimal', 'Acid House', 'House' e 'Techno'.
Se mantendo há quase oito anos, 'Fabric' se torna um exemplo de sucesso como club e de ideal para muitos Djs pelo mercado gerado com a criação da série de discos.