A influência do modismo arrasta a maioria dos habitantes deste planeta. O modismo criado nas grandes capitais do mundo se alastram como uma onda que circunda o planeta várias vezes. Uma estrutura facilmente abalada é a música eletrônica. De onde vier e por onde passar vai revirar a cabeça de todos. Existe uma onda que está a mais de dois mil anos circundando o planeta enquanto outras morrem na praia. Uma vertente da música eletrônica, o Minimal, com seu aparecimento nesta década vem circundando este planeta e por incrível que pareça já chegou até nas menores cidades do Brasil!. Direto ao ponto: todo Dj sofre absurda influência do modismo. Djs como Paco Osuna, Mark Broon, Mauro Picotto e entre outros transcenderam seus respectivos estilos e seguem com a onda. DJs como Mark Williams, Josh Wink, Jeff Mills, e até Rica Amaral mantiveram seus estilos de raiz, mas sempre evoluindo. Vários novos Djs de Techno assimilaram o conceito musical do Minimal nas suas produções. Na verdade esses Djs mais antigos que tocam desdes os anos noventa consomem produções desses Djs mais novos. As maiorias das produções de Techno sofrem influência minimalistas. Ainda existe technera suja e rápida assim como House Fino, mas o popular hoje são aquelas músicas com uma batida grave e sonzinhos engraçados. É curioso escutar pessoas falando de Minimal quando a aculturação das mesmas se faz de rádios e festas. E o núcleo desta curiosidade é saber que fonte dessa aculturação é o Dj que pouco tempo atrás tocava aqueles batidões misturado com hip-hop e salpicado de hits de rádios. Vejo uma preocupação por parte destas pessoas em querer reconhecer o que toca nas festas, reconhecer Techno, o House, Drum'n'bass, Electro e o Minimal. Talvez sejam só marolas e a verdadeira onda do modismo talvez não quebre por esses lados, porém a cada dia que passa fica mais fácil obter informação ou ser atropelado por ela.
:: 1999 ::
‘Cassius 1999’ é o ápice da dulpa Cassius e da House Music nesta época. É literalmente o disco de mil novecentos e noventa e nove, uma obra prima que não foi e pode ser superada pela dupla. ‘15 Again’ foi lançado em 2006 e a sua maneira conseguiu estabelecer o novo tom para dulpa. ‘Cassius 1999’ foi algo tão estrondoso que o próprio conterrâneo Stuart David Price mais conhecido como Jacques Lu Cont e Les Rythmes Digitales com álbum ‘Darkdancer’ também lançado no mesmo ano, não teve o devido ressalto. A capa do disco ‘Darkdancer’ foi a principal culpada por tal “fracasso”. Enquanto Cassius fez um encarte primoroso que amplificou todo o conceito do disco, Les Rythmes Digitales com a capa do disco ‘Darkdancer’ passou apenas a imagem básica da música eletrônica; fazer você dançar. Essa disparidade foi uma grande separador de águas para produtores e estilos.
Em qualquer estilo de música no Underground a quantidade de músicas lançadas é muito grande, mas de difícil acesso, isto traz um diversificação e seleção onde não existe um preceito entre duas pessoas que escutam Techno, House, Minimal ou Drum’n’Bass. No ‘Popular’ todos escutam a mesma coisa deixando de aguçar o sentido pela música apenas a aceitando. Por estas e outras mil novecentos e noventa e nove foi um ano notável para música eletrônica que infelizmente foi o berço desta década. Assim como as décadas de cinqüenta, sessenta, setenta e oitenta foram para as bandas de rock e outros estilos musicais, os anos noventa foram para música eletrônica. A desilusão que estou tendo com esta década é a de quem viveu e espera viver novamente. Talvez nunca se repita, ou se repetir pode ser que eu não esteja com a cabeça de mil novecentos e noventa e nove.
:: We are the night :: Parte II ::
"We are the night" me reconquistou pelo que cada álbum da dupla The Chemical Brothers representa. O primeiro álbum "Exit Planet Dust" apresenta toda identidade já formada da dupla que se sucede em todos os outros. Não só graficamente e esteticamente, mas no que Tom Rowlands, Ed Simons, seus amigos e pessoas que os circundam pensam e fazem. Toda esse "merchandising" atraiu e atrai pessoas. "We are the nigth" faz essa releitura da situação da dupla na questão musical, política e social que sempre esteve presente em todos os álbuns. O posicionamento volta a ser como do primeiro álbum, lembrando que estamos em 2007 e não 1995. Isso mostra como perdido e solto é o "Push the button" e que a cada dois anos somos atualizados sobre o que o Pai Chemical estará pensando.
:: Myspace.cu ::
São 75 milhões de usuários no Myspace contra 25 milhões do Orkut, 70% são brasileiros no Orkut enquanto no Myspace o que vingou mesmo foi o Reino Unido. E o que me deixou incrivelmente besta foi a quantidade de Dj londrino preguiçoso. Todos escoraram suas barrigas de formato quadrado devido a pickup no Myspace Music, onde se pode encontrar tudo esquematizado. Eles colocam suas biografias, agenda, músicas, livro de visitas e fotos, tudo mastigado.
Assim como Orkut tem vários processos legais no Brasil, também no Myspace geral perde a linha e o pessoal da Califórnia onde fica a sede e servidores mandou um email para os londrinos dizendo que a grande maioria de usuários do Myspace é inglesa, mas a empresa é americana e portanto está sob a lei Americana (eu recebi este email pois estou com a preferência de idioma inglês U.K. já que América Latina só tem a opção em espanhol).
Quem tem Orkut sabe daquela fotinho que é mostrada no perfil da pessoa. No Mypace é a mesma coisa, só que a mulherada londrina perder a linha. Assim como alto nível de baixaria, o nível de interação entre produtores de música e vídeo é elevado. Todos os Djs que me influenciaram têm sua página no Myspace e há algum tempo já vinha tentando entrar em contato com alguns deles como Mark Williams. Até que certo dia encontro o seu Myspace Music adiciono como amigo o forço a escutar a música que produzi, pois é a primeira coisa a tocar quando se entra no site e de quebra ainda sei quando ele está on-line. É uma ferramenta fenomenal quando bem usada, poder escutar músicas que ainda não foram lançadas e saber com antecedência onde serão as gigs é o que todo Dj quer proporcionar sem fazer esforço. Além de cair no gosto dos “fervorosos” e “clubbers de plantão” por ser mais uma ferramenta “underground” onde existe essa interação direta com o cara que te fez passar muito bem ou muito mal na noite passada.
:: We are the night :: Parte I ::
As músicas marcantes com vocal de Noel Gallager e outros se perderam desdo “Come with us” e nesse álbum são várias as músicas com vocal a serem assimiladas. “All Rights Reversed” é uma delas, a voz de “Klaxons” soa estranhamente familiar com uma nova releitura para “Big Beats”. “We are the night” é um disco que consegue recuperar o clima de todos os discos anteriores musicalmente e na essência do que foi e é “The Chemical Brothres”. “Saturate” a quarta música resume bem esse sentimento e pessoalmente é aquela que valida todo o disco. A batidinha de “Minimal” saturada que entra cinqüenta segundos depois das simples e contagiantes notas muito bem sintetizadas tem seu auge com a bateria acústica no meio da música, melhor que isso só ao vivo. A música título do primeiro single “Do it Again” é o semblante do estado atual do Pai “Chemical”. O clipe dessa música é a continuidade de “Push the Tempo” do “Fatboy Slim”.
Fechando a primeira parte a cronologia usada nos álbuns sempre foi decrescente. Todos os álbuns do “Chemical” começam agitados e vão dando todo aquele clima de satisfação, euforia e relaxamento no final. Não podia ser diferente nesse álbum sendo notável a renovação na questão da sonoridade e produção. Não adianta vir com “No Path to Follow” existe um caminho sim e ele está sendo seguido. A associação com a sonoridade dos demais discos é clara. “We are the night” está cheio de “Surrender”, “Come With Us”, “Dig your own hole” e até do “Push the Button”. A melhor coisa é ver a renovação de identidade que esse álbum trouxe e que foi perdida com “Push the Button”.
:: fabric a morada do capeta ::
Ciente da existência de tal club vamos ao ponto, a série 'Fabric' e 'FabricLive'. Com o funcionamento do club 'Fabric' às sextas e sábados, a quantidade de Djs e grandes nomes da música eletrônica mundial é enorme, e por que não registrar o acontecimento? 'FabricLive' é isso! Uma série de cds que intercala mensalmente com nome de 'Fabric' e 'FabricLive'. O primeiro 'Fabric 01' foi lançado dia primeiro de novembro de 2001 e o Dj em questão era o residente da casa na época, 'Craig Richards'. Um mês depois saiu o 'FabricLive 01' com 'James Lavelle' e isto perdura até os dias de hoje. Na presente data foram lançados trinta e quatro 'Fabrics' e 'FabricLives' dando um total de 68 cds. O Dj convidado é responsável pelas escolhas das músicas e conceito do seu set e a 'Fabric' torna possível a legalização das músicas e o lançamento do disco. Nas palavras do dono da 'Fabric' Keith Reilly: “Fitas de raves legalizadas”. Esses cds estão à venda no site www.fabriclondon.com por seis libras.
A força da série é tão grande que faz com que os artistas convidados sigam uma sonoridade e conceito comum a todos os discos, na sua grande maioria 'Minimal', 'Acid House', 'House' e 'Techno'.
Se mantendo há quase oito anos, 'Fabric' se torna um exemplo de sucesso como club e de ideal para muitos Djs pelo mercado gerado com a criação da série de discos.
:: QUANTIC você também! ::
:: We are the night novo disco dos velhos Chemical Brothers ::
'We Are The Night', o sexto e mais pretensioso, já que a velhice chega para todos, será lançado dia 18 de junho de 2007. Antes disso o single ‘Do It Again’ saíra no dia 4 de junho. Se fosse profetizar diria: “O Pai trará novamente a escuridão e junto com ela a rendição”. Traduzindo, uma mistura do pretão 'Dig Your Own Hole' com 'Surrender'. Falando em breu, os velhos Chemical Brothers se deram à barganha de gravar o novo disco em um abrigo anti-bombas. Pouca merda é que não vem!
Eis a track ist.
1. No Path To Follow
2. We Are The Night
3. All Rights Reversed (featuring Klaxons)
4. Saturate
5. Do It Again (featuring Ali Love)
6. Das Spiegel
7. The Salmon Dance (featuring Fatlip)
8. Burst Generator
9. A Modern Midnight Conversation
10. Battle Scars (featuring Willy Mason)
11. Harpoons
12. The Pills Won’t Help You Now (featuring Midlake)