:: We are the night :: Parte II ::

Eles conseguiram! Voltaram aos trilhos de "Star Guitar"! Esta é a continuação da primeira parte da resenha sobre álbum "We are the night". A partir da segunda metade do disco tudo fica mais pessoal. O exemplo disso é a sexta música "Das Spiegel" que senão fosse a 'engraçadinha' da "The Salmon Dance", o disco seguiria sua lógica de clima de satisfação, euforia e relaxamento. De todos os álbuns do Pai Chemical Brothers, "We are the night" é o que possui mais músicas, num total de doze. A oitava "Burst Generator" é a clara definição do que foi divulgado: que o disco foi gravado em um bunker em algum lugar na capital londrina. A sensação de espaço dada pelas sirenes cheias de efeito de reverberação dão também o foco central da questão musical do álbum. Quando reproduzido em espaço aberto sobre as estrelas o disco soa totalmente diferente, envolto por essa reverberação ele parece vivo. A partir da nona música "A Modern Midnight Conversation" The Chemical Brothers com anos de experiências nas diversas "chemicals" começam a dar dicas de como se alentar para o final do disco. "Battle Scars (feat. Willy Mason)" a música com a melhor poesia que já escutei do Pai Chemical. Ela te dá um posicionamento atual sobre eles, o que a velhice causa no sujeito e como eles vêem o mundo. "Harpoons" com seu dois minutos e pouco passa para o modo automático que seguido por "The Pills Won't Help You Now" você talvez consiga desvendar.

"We are the night" me reconquistou pelo que cada álbum da dupla The Chemical Brothers representa. O primeiro álbum "Exit Planet Dust" apresenta toda identidade já formada da dupla que se sucede em todos os outros. Não só graficamente e esteticamente, mas no que Tom Rowlands, Ed Simons, seus amigos e pessoas que os circundam pensam e fazem. Toda esse "merchandising" atraiu e atrai pessoas. "We are the nigth" faz essa releitura da situação da dupla na questão musical, política e social que sempre esteve presente em todos os álbuns. O posicionamento volta a ser como do primeiro álbum, lembrando que estamos em 2007 e não 1995. Isso mostra como perdido e solto é o "Push the button" e que a cada dois anos somos atualizados sobre o que o Pai Chemical estará pensando.


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