"We are the night" me reconquistou pelo que cada álbum da dupla The Chemical Brothers representa. O primeiro álbum "Exit Planet Dust" apresenta toda identidade já formada da dupla que se sucede em todos os outros. Não só graficamente e esteticamente, mas no que Tom Rowlands, Ed Simons, seus amigos e pessoas que os circundam pensam e fazem. Toda esse "merchandising" atraiu e atrai pessoas. "We are the nigth" faz essa releitura da situação da dupla na questão musical, política e social que sempre esteve presente em todos os álbuns. O posicionamento volta a ser como do primeiro álbum, lembrando que estamos em 2007 e não 1995. Isso mostra como perdido e solto é o "Push the button" e que a cada dois anos somos atualizados sobre o que o Pai Chemical estará pensando.
:: We are the night :: Parte II ::
Eles conseguiram! Voltaram aos trilhos de "Star Guitar"! Esta é a continuação da primeira parte da resenha sobre álbum "We are the night". A partir da segunda metade do disco tudo fica mais pessoal. O exemplo disso é a sexta música "Das Spiegel" que senão fosse a 'engraçadinha' da "The Salmon Dance", o disco seguiria sua lógica de clima de satisfação, euforia e relaxamento. De todos os álbuns do Pai Chemical Brothers, "We are the night" é o que possui mais músicas, num total de doze. A oitava "Burst Generator" é a clara definição do que foi divulgado: que o disco foi gravado em um bunker em algum lugar na capital londrina. A sensação de espaço dada pelas sirenes cheias de efeito de reverberação dão também o foco central da questão musical do álbum. Quando reproduzido em espaço aberto sobre as estrelas o disco soa totalmente diferente, envolto por essa reverberação ele parece vivo. A partir da nona música "A Modern Midnight Conversation" The Chemical Brothers com anos de experiências nas diversas "chemicals" começam a dar dicas de como se alentar para o final do disco. "Battle Scars (feat. Willy Mason)" a música com a melhor poesia que já escutei do Pai Chemical. Ela te dá um posicionamento atual sobre eles, o que a velhice causa no sujeito e como eles vêem o mundo. "Harpoons" com seu dois minutos e pouco passa para o modo automático que seguido por "The Pills Won't Help You Now" você talvez consiga desvendar.
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