Tutuá house! E como dia de Oxum na Bahia e sábado nada melhor que Donoxun pra fazer a sua noite! A pegada é: mixar uma techneira durante seis, sete horas. Incrível como a ordem das músicas que você organiza se tornam assimiláveis. Base da mixagem de techno com ou sem vinil é; idealizar, organizar e tornar assimilável para o público. É um prazer sentir a vibração da música e do público. Techno tem sua hora e quanto tem não há como escapar. Por isso Donoxun está nos terreiros, tentando fazer com que assimilem a techneira e-macumbada. Não deixa de ser um tuns-tuns-tuns-tuns, mas é tudo isso com aquela levada e-bongozada, cheio de conga. Quando se está num terreiro é possível reconhecer vários tipos de ritmos levados pela conga, bongô e principalmente atabaques. Donoxun trás isso nos seus sets, hora a pomba gira baixa, hora Ogum ordena. Assim segue esses longo sets, baseados em vinis lançados por selos como ‘Macumba’ do inglês Mark Williams, Ingoma do parceiro Bem Sims. Ritmos tirados da Bahia são matéria prima para produção de suas músicas e que brasileiros como Donoxun tem que importar em formato de bolacha preta pra poder tocar nos terreiros nacionais. Tentando quebrar esse ritmo feudal Donoxun está fazendo a releitura dos três atabaques do terreiro, Rum, Rumpi e Lê que são acompanhados do Agogô. Pois então meu Rei, quando quiser saber como é um terreiro eletrônico procure Donoxun.
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